Olá
Um outro meio, antes do tempo se tormar caçula
Esqueceu de colocar as véstis
Agora ouve uma música feliz
Senta no sofá e vê as partículas de poeira soar
Voar
Cantar e ser feliz.
Amou pela penúltima vez os raios penetrarem pela janela
Já, enjôou o sentido do feto
Que vira a garrafa e desvira o lençol.
O que ela está tentando fazer?
De novo:
Correr para arrumar a cama
Surrar os pratos
E dizer que você é um imbecil
"Ora cebola, seu imundo!"
Feto maldito
FETO MALDITO.
O que fará agora, música inútil?
Há o que fazer, há o que tentar
Feto Inútil?
As perguntas tornam-se parênteses
E o brilho do sol na janela da infância faz correr os últimos pratos do arroz queimado no forno
O fogão é a última coisa que quer lembrar.
Os meninos correm no colégio
E o que se há de fazer
FETO MALDITO?
Ao longo da enseada, vê as sombras do esqueleto
Um novo sentido para a proposição da lua
Há para onde correr
A corrida é semi-nua, pegadas de ventos sentineláticos
O sentido é a última ferramenta usada para matar o retrógrado.
Ah
Serro os dentes, preparo o pé, coloco uma bota
Às vezes levo um escudo feminino à frente
Outras vezes, encontro um bilhete voando.
Quando estou só, viajo pelas margaridas intrometidas na vida de quem quer solar
Num momento significativo, o que se há, o que se quer
Fazer o caminho novo que vem à mente
Um registro.
Um dia, no meio de uma nuvem e outra
Encontrei uma bíblia voativa em cima de um cágado voador
E o que encontrei lá?
O que vi?
Jesus na capa, num marca-texto inofensivo
Dentes espaçosos, de um jacaré, postam-se na primeira página
O que faço é desafiar e ler.
Folhas espaçosas e um céu esmagador
Brilham em uma estrela suada de sua própria sede
Voar é difícil
Asas de um queixo inabalado
Paro num céu novo
Esquisito
As ordens
Preciso das ordens
Interpretar o que você diz, minha amiga
Preciso achar a sua solução
O sol não tem sido proporcional ao sabor da vitória
Esta não é certa
Não tem um certo, nem meio para que se chegue
Teremos que sentar num banco e conversar novamente
Só mais uma vez
Um novo reflexo
Eu preciso para refletir
Mix it Up!
Deixo de sair da minha posição de pai, filho e irmão
Tanto não te deves
Devo?
Para quê refletir
Se são os pulsos que nos levam aonde quisermos chegar.
Tarde de Sábado
Uma nova espécie capturada para um trabalho
Sentido?
O sol faz reflexo em meu olho enquanto arrumo a poda
Sentido!
Penso, ontem, no hoje e vejo-me no chão
Chove
Faz tempo que não sinto o sabor da chuva em campo na minha doce cara
O doce rosto enfeitado de uma barba
Chove
Nuvens vêm ao encontro do que não é
Logo, corre para encontrar uma brecha
O nosso amigo dos raios
Curva entre as lamedas vermiformes do meu intestino
E apronta o terreno para defecar.
E qual o motivo para me remeter a tanto?
O espelho meu dado ao seu rosto
Fez um retiro de mãos e vidros para todo o pátio
O banheiro está manchado de sangue
O que você fez?
Tantas perguntas
Para nada
Para que servem, senão para complicar
Rodear.
Música feliz,
Ouço de novo
E ainda pensam que sou o ser que não dorme
Sou o único que não me afasto
Dentro de um açude
Acorrentado,
Com um sorriso de urubu
Branco
Seco, ruído, rosa
Sou o único que não me afasto.
Estou a mil léguas da sua visão.
Pode ser tudo, todos
Como também não deve ser nada, ninguém.
domingo, 13 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário