domingo, 25 de outubro de 2009

Um Fruto de Seres Inconsistentes

Nem sob qualquer pretexto olhe para trás!
São ondas. Só as ondas e nada mais... virão fortes, assim como está o vento.
Pesado
Deixe levar pelo menos sua fotografia! Outra fotografia fantasma em meu bolso.
Carrego você comigo foto-fantasma para onde vou
Devorar-te...!
Na lama a prisão renova
Sabe-se lá o que se faz nesse inferno, mas não me olhe
Não me visite
Vá pro inferno!
Mas que merda!
-
Sob qualquer pretexto olhe para trás! Siga as linhas na sua frente
As ondas o farão rodopiar
E a volta?
Você e eu em que mundo?
Sabe-se lá!? Eu só queria o meu fígado no seu
Sabemos que a morte virá por uma hepatite ante os cuidados com o cérebro
O demônio da fotografia
Mas que merda!?
-
O sono repulsivo que retrocede o esgoto de uma imagem semelhante
A uma pólvora
De um sino pré-travado por uma lágrima que antecipa o seu soluço
Olhe para si e me interprete
Numa sexta-feira de manhã, no sanduíche das quatro da tarde...
O cotidiano nunca foi tão rotineiro
E você, minha força diariamente repulsiva
Detém a se esconder na parede, para corroer o sono tardio e a manhã cansativa. Sua respiração fere os meus pulmões gelados. Eu só quero que você suma!
-
Largo a mão do acrílico roubado para castrar seus derivados nomes. Com o qual se faz pacto sem merecer uma renda monetária mensal sem as mesmas rotas de colisão. A arma prostrada num alfinete faz sua mente copiar em esperanças. Mas, como sempre, acho que vou te matar primeiro. Minha jovem esperança de estar vivo nessa época! Minha nobre esperança.... que mal, que pena. Seu rosto crivado no solo e minha boca beijando a terra. Seu rosto afunda e me alimento de sua derrota. Minha vitória mata os meus pulsos.
Agora será mais um homem a escutar seus versos infantis em prosa de uma vitória ilusória, diante de suas atribulações. Correndo em mistério para chegar a um determinado fim antes não determinado. E chegou ao fim como qualquer outro objetivo. Por favor, não nos faça olhar para trás. A sujeira não pode advir o sonho planejado. E ele planeja, e se frustra.
-
Havia ainda o pó
E a porra do pó se auto-soprou
Se auto-escondeu
Numa nódoa de febre causada por uma constipação
Minha foto no bolso não me faz lembrar que você me amou um dia
Dois dias
Menos sete semanas...
Havia ainda uma esperança
E a aranha no teto
Sua foto me fez olhar para trás, onde o mundo se dissipou em uma nota
Duas
Três
menos que sete dias.
Seus olhos azuis não me fazem ver que as oportunidades se esvaem
Só na sombra do juazeiro que vou poder enconstar e beijar o chão outra vez
Encontrar o seu olho cor de céu numa poça de lama
Pensar em mim e dizer que não sou o que desejara
Sua foto me faz lembrar o que quero vomitar de suas entranhas
Faça-me entrar, mas deixe sair por uma porta aberta.
Um arranhacéu,
Segura esse menino inocente
Porque ele se afundou na terra.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

21 felizes aniversários

Detestável!
Hoje, mais uma conquista. Consegui montar uma rede de pesquisadores brasileiros. Entrei em contato com todos aos poucos e hoje foi o dia da criação. Enfim. Foi. Chegou mais uma hora para comemorar, mas restou olhar para a parede, pensar em dizer: "obrigado, Senhor!", pegar a próxima papelada e recomeçar outro trabalho inacabado.
Semana passada meu projeto foi finalmente aprovado, embora ainda não ter tido resposta do programa, mas pelo menos "começo a tirar o pé da lama". Tive que sair de casa para pelo menos comer algo fora. Assim fiz assistindo um show com mais três colegas. Volto pra casa, olho para a parede e recomeço a entrar em contato com os pesquisadores, outro trabalho inacabado.
quarta passada eu encontro uma nova possibilidade de escrita de revisão, discuto com meu orientador e ele aceita a idéia, logo, começo a escrever um novo artigo para publicação (Viva!)... não sei mesmo comemorar nada.
Dizem que a felicidade no trabalho é o reconhecimento do esforço.
Detestável!